No puerpério a mulher precisa encarar seu novo papel na sociedade. De filha, ela passa também a ser mãe. O puerpério é terra desconhecida até chegar lá (É punk, uma bomba de hormônios que, por mais que a gente leia sobre e faça cursos, nunca estaremos realmente prontas para ele). Na minha experiência quase tive uma depressão pós-parto, mas cabe aqui ressaltar que cada mulher é única e por esse motivo cada uma irá experienciar o puerpério de maneira única.
Então como podemos agir e atender de maneira acolhedora uma recém-mãe? Com muita empatia. Para começar, é muito importante entender o que NÃO é ACOLHER. Acolher não é impor nenhum conhecimento a uma mãe que acabou de parir, por mais científico e empírico que este conhecimento se prove, ou por mais adequado à sua vista que ele seja. Acolher não é impor visitas em momentos inadequados (diga-se de passagem, nunca se proponha a ir à casa de uma puérpera antes que ela sinalize isso). Acolher não é se instalar na casa de uma recém-mãe sem ser convidado (ou pelo menos sem ter o convite previamente aceito). É preciso abrir mão dos seus próprios “desejos” para acolher de forma respeitosa.
Acolher é ouvir, observar, entender. E depois, só depois, se manifestar adequadamente.
Se você lida com sua puérpera assim, parabéns, você estará fazendo parte da sua rede de apoio!